EXPOSIÇÃO TELEGARRAFAS – ENCONTRO DAS ÁGUAS E CRIANÇAS DO JEQUITINHONHA

<strong>EXPOSIÇÃO TELEGARRAFAS – ENCONTRO DAS ÁGUAS E CRIANÇAS DO JEQUITINHONHA</strong>

Especificidades técnicas e artísticas detalhadas do projeto

Imagem ilustrativa e lúdica, sem especificações técnicas

Na obra, o público é convidado a se tornar parte do encontro das águas do Rio Jequitinhonha, caminhando pela galeria entre os canos de PVC de bitolas de 3/4 e 1/2, como um labirinto ou caça ao tesouro (água). A água é despejada em pingos através de garrafas com adesivos de QR Code e com bicos de conta gotas. Depois, é depositada em reservatórios de Polietileno de 150 litros. Quatro caixas d’águas abertas (referente às 4 regiões do Rio Jequitinhonha, alto, médio e baixo, assim como no encontro com o mar) se tornam telas de projeção para refletirem registros audiovisuais no espelho d’água formado com o reflexo de monitores de 27 polegadas. Os televisores projetam imagens produzidas pelas crianças em sua relação de escuta dos riachos, córregos e marés em seu território. A cada 3 horas, uma bomba elétrica solar de água, com placas na área externa da galeria, é ligada automaticamente e retroalimenta as caixas vazias neste circuito, recomeçando os pingos.

A vivência inclui a contemplação das águas, já que os visitantes assistem conteúdos projetados nos reservatórios, assim como podem interagir com os espelhos d’água que distorcem as imagens projetadas através do ruído causado pelos pingos que caem das garrafas no tanque. A cada gota despejada, melodias sonoras são tocadas ao ativar o sensor, fazendo assim uma alusão de que sem água, não há experiência vivida naquela galeria.

Ao tocar na água, é possível ouvir em caixas de som no entorno do espaço, histórias narradas pelas crianças a partir da tradução lúdica por elas da voz do rio de onde vivem. Com a aproximação dos celulares pessoais com acesso a internet nos adesivos de QR Codes, é possível ampliar a experiência com novos conteúdos nos dispositivos dos usuários. Para uma maior conexão, um capacete com fone e óculos de realidade virtual feito com lentes e canos PVC reaproveitados, levam o usuário para uma imersão em meio ao Rio Jequitinhonha junto às crianças. Os conteúdos em 360º trazem vídeos e áudios de crianças brincando na água, essa manifestação sagrada da cultura das infâncias, o brincar, a partir de um convite de traduzirem a voz do Rio de seus territórios: Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. 

O idealizador, curador e produtor audiovisual Igor Amin trabalha há mais de dezessete anos no campo interdisciplinar do audiovisual e educação através das telas. É autor da pesquisa de mestrado pela UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – “A descolonização do olhar sobre as infâncias – o audiovisual como dispositivos de criação de identidades híbridas” e do livro “Como educar as crianças no mundo das telas?” (Editora Aletria www.oquequeremosparaomundo.com.br/publicacoes). Ao longo desta trajetória, identificou na prática como o universo infantil é um campo potente para o desenvolvimento de linguagens a serem exploradas através do audiovisual e preservação de uma consciência em prol da natureza, como na Exposição Multimídia “O que queremos para o mundo?, no Centro Cultural dos Correios Juiz de Fora, e Exposição Cubos Mágicos no Museu de Minas e do Metal MM Gerdau, Belo Horizonte. Tais experiências são narradas em seu último longa-metragem “Em busca das Telas Amigáveis” (2022), disponível em www.oquequeremosparaomundo.com.br/embuscadastelasamigaveis.

Toda a equipe de artistas, diretores, educadores, ambientalistas, técnicos e convidados trabalham com Igor Amin na Comunidade de Educação Audiovisual “O que queremos para o mundo?” (www.oquequeremosparaomundo.com.br) desde 2020. Destacamos a participação dos artistas Gandhy Piorki (MA/SP), Maria Lourdes Maciel (MG), Daniel Nunes (MG) e Vinicius Cabral (MG), que irão contribuir com intervenções visuais e sensoriais, criando móbiles através de reciclados ligado a garrafas de plástico, vidros, tampinhas, entre outros.

Assista um exemplo de interação da obra proposta:

https://youtu.be/4wPdOE79V-Y

Equipe técnica e artistas convidados:

Igor Amin Ataídes (idealizador, curador, artista multimídia: Mestre Interdisciplinar em Ciências Humanas na linha de Educação, Cultura e Sociedade pela UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (2020) e Especialista em Biopsicologia pelo Instituto Visão Futuro (2010), autor do livro “Como educar as crianças no mundo das telas” (Editora Aletria, 2022). Idealizados da Comunidade de Educação Audiovisual “O que queremos para o mundo?” www.oquequeremosparaomundo.com.br. É professor convidado da PUC Minas na Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais para Aprendizagem e EaD.

Seus trabalhos artísticos são focados em cinema, processos de ensino-aprendizagem e transmídia. Ao longo de 15 anos, dirigiu 7 curtas-metragem e mais de 30 vídeos de micro-duração exibidos em festivais nacionais e internacionais de cinema como no Centre George Pompidou, durante o Pocket Films em Paris, França. Seu primeiro longa-metragem infantil “O que queremos para o mundo?” foi exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes, Festival de Brasília, San Diego International Kids Film Festival (EUA), Cinekid Festival (Amsterdam/Holanda) com apoio e presença no festival via ANCINE e premiado com menção honrosa do Júri no festival Noida International Film Festival, Greater Noida- Índia.

Realizou as Exposições Multimídia “Cubos Mágicos” e “Estúdio Casa da Árvore” no Centro Cultural dos Correios em Juiz de Fora-MG (2015) e no Museu de Minas e do Metal de Belo Horizonte-MG (2016), assim como no PINA em Cataguases (2017) e Galeria Lava Pés em Cuiabá-MT (2018). Realizou um Circuito de Exibições Educativas do projeto em países como a África do Sul e Angola, durante o dia das Crianças Africanas, em memória ao Levante de Soweto, participou de apresentações em Den Bosch (Holanda) e Bruxelas (Bélgica) durante a conferência de filme-educação “European Exchange” no FilmOn.

Daniel Nunes (artista sonoro convidado): Daniel Nunes compõe trilhas, capta som direto e desenha sons para cinema, longas, curtas-metragens e teatro. é um dos idealizadores do selo independente mineiro “La Petite Chambre Records”, dedicado à música experimental e idealizador do festival de música livre “Pequenas Sessões”. apresentou trabalhos no Itaú Cultural (SP), na Oi Futuro (RJ), MIS (SP), SESC Paulista (SP), Santander Cultural (RS), SXSW (EUA), Focus Wales (Reino Unido), ESMAE (Portugal), Centro de Arte Contemporáneo (Equador) e Matucana 100 (Chile). é integrante da banda Constantina e projeto lise com álbuns lançados na Inglaterra e nos Estados Unidos, shows apresentados em várias capitais brasileiras e países como Argentina, Equador, Estados Unidos, Portugal, França, Inglaterra, País de Gales, Suíça e Bélgica. desenvolveu em parceria com o arquiteto Leandro Araújo o projeto “Reações Visuais”, com o qual recebeu os Prêmios: – Interações Estéticas . Funarte | 2008 – Rede Nacional Artes Visuais . Funarte | 2009 – Rumos Arte Cibernética . Itaú Cultural | 2010 com o curta-metragem “O Céu no Andar de Baixo”, direção de Leonardo Cata Preta, foi premiado com a Melhor Trilha Sonora nos Festivais: – Festival do Júri Popular . São Paulo | 2011 – Festival do Audiovisual Luso Afro Brasileiro . Fortaleza | 2012 sua graduação é na área de Música – Licenciatura pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), com pesquisa em Sistemas Musicais Interativos. foi aluno de composição da classe de Sérgio Rodrigo Ribeiro Lacerda (UFMG/Accademia Nazionale di Santa Cecilia – Itália), João Pedro Oliveira (Universidade de Aveiro – Portugal) e Rui Penha (FEUP/ESMAE – Portugal). é mestre em Artes pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), com pesquisa em Cartografia Sonora.

Maria de Lourdes Maciel Silva (artista visual convidada): Gestora e proprietária do Ateliê Acordeouro desde 1994. Ao longo desses anos, desenvolveu uma metodologia própria e oferece oficinas de artes, para os interessados em educação e saúde emocional (crianças e adultos). Professora, com especialização em pedagogia piagetiana e arteterapia fundamentada em psicologia simbólica junguiana. Especializada em educação infantil, trabalhou em várias escolas e projeto social, atuando como professora alfabetizadora e facilitadora dos processos de desenvolvimento em criatividade, alfabetização e artes plásticas.

Gandhy Piorki (artista e pesquisar das infâncias convidado): Pesquisador nas áreas de cultura e produção simbólica, antropologia do imaginário e filosofias da imaginação. No terreno das expressões plásticas discute as narrativas da criança, sua fantástica e seus artefatos, é consultor e idealizador de projetos que investigam uma pedagogia social contida nas linguagens das infâncias.

Vinicius Cabral (Equipe principal): Vinícius Cabral é sócio diretor da Cocriativa Conteúdos Audiovisuais e da Godofredo, empresas voltadas ao desenvolvimento de projetos audiovisuais e musicais. Desde 2012, Vinícius co-idealiza e coordena projetos de formação, como oficinas de Processos Audiovisuais Cocriativos, residências, webséries e produções colaborativas. Atualmente, estuda cultura digital e semiótica em mestrado pela Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais. Conheça os canais do artista em www.youtube.com/tvcocriativa e www.youtube.com/godofredo.